quarta-feira, 29 de outubro de 2008

2° tempo da esperança


A História é mesmo uma caixinha de surpresas. Ele tem Hussein no nome, minha gente, e quer ser o novo presidente dos Estados Unidos da América. Só por isso já valeria o voto. Um voto de ironia, deixando de lado suas qualidades e defeitos políticos. Melhor do que isto só mesmo um Chefe de Estado israelense de sobrenome Hitler.

Aqui na terrinha, Rio de Janeiro sem mudanças, somente mais do mesmo, mas chega de ladainhas, bola pra frente. Na primeira que o Paes fizer, ar ar ar um Impeachment vai rolar. No entanto, na terrinha do Tio Sam, uma onda de civilidade e progresso está cobrindo aquele país. Não falo sobre a política de lá como se eu fosse um entusiasta da bandeira norte-americana, mas se o mundo inteiro os copia, que venha um bom democrata. Mas Obama é mais do que isso. Obama é negro, tem uma avó doentinha no... Quênia, foi o primeiro negro eleito para um monte de coisas em sua vida, e agora, com grandes possibilidades de ser o primeiro presidente negro. À parte isto, Obama causa medo(em mim não) por suas idéias “socialistas”, como se dividir riqueza fosse, claro, coisa do capeta.

Enquanto John MacCain veste camisetas anti-castristas, Obama sorri, faz discursos acalorados, se concentra no eleitor da região central do país, onde os republicanos costumam ganhar, mostrando que os americanos, pasmem, estão um pouco cansados da velha política belicista. Estão cansados de brigar, de mandar os filhos para a guerra, de ter o mundo odiando um país cheio de pessoas boníssimas. Ou talvez estão com saudades do tempo de Clinton, onde a guerra era conjugal, um boquetezinho pra lá e pra cá com a secretária...

Se Obama vencer, a coisa pode ficar literalmente preta para a população conservadora e racista. Vão se estufar de ódio quando começar uma onda de plebiscitos, como os que acontecerão agora, concomitantemente com as eleições presidenciais, para debater a maconha, o casamento gay, pesquisa com células-tronco, e outras coisas mais. Ou seja, se Obama vencer esta disputa, muita coisa vai mudar lá e no mundo. Com a ganância norte-americana um pouco mais controlada e controlável, talvez o planeta se regule com suas próprias rédeas, e não com rédeas azuis, brancas e vermelhas.

É um duelo histórico. John MacCain é um fiel defensor dos interesses israelenses no Congresso. Obama tem ascendência árabe. Obama (olhem como tem tudo a ver), recebeu apoio de... artistas, MacCain da... Igreja. Obama é só sorrisos, MacCain é historicamente um mau-humorado. E é herói de guerra, não é mesmo? Guerra é com ele mesmo.

Se não deu pro Gabeira em terras brasilianas, quem sabe Obama não ganha aquela budega. Mas que ele tome cuidado, porque o que não vão faltar são neonazistas assassinos, bispos, padres, velhas carolas, todos dizendo: Fora veados, fora muçulmanos, fora cientistas, fora todo mundo, nós queremos porrada, salvem o Cristianismo!!!

(Guilherme de Carvalho - 29/10/2008)

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