quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Brothers mimados, já era!



Acabo de ler que amanhã, sexta feira dia 31, haverá uma passeata pacífica e apartidária na Cinelândia. O objetivo é criticar e pedir providências a partir das suspeitas de irregularidades nas eleições municiPaes do Rio de Janeiro. A concentração será ao meio dia, e a saída às treze horas. Legal, legal. Mas vamos parar e pensar: o que é isso senão um monte de estudantezinhos de classe média mimados que não sabem perder? Galerinha, brothers, micareteiros, aceitem a derrota, bicho! O que vão fazer depois, seqüestrar embaixador? Não, não, vão bater pezinho na Alerj do PMDB. Pera lá, temos muito que aprender. Tudo bem, foi legal a nossa participação na candidatura do Gabeira, mas já foi, perdemos. Por que vocês não batem na porta de quem estava tomando solzinho em Búzios enquanto o Gabeira perdia votos? E outra, vocês são 10 mil, contra 55 mil cariocas que acham que o senhor Eduardo Paes é melhor. Isto é democracia. Se ela é perversa no Brasil, com suas regras infames, azar o nosso. Poderia ser pior, imaginem se a vitória do Paes fosse por colégio eleitoral?
E eu pergunto: cadê estas manifestações quando todos aqueles velhos problemas atingem o Rio? Cadê a manifestação contra o Pan? Cadê contra milícias? Não estou entendendo a algazarra. O pior, é que vamos dar razão a todos aqueles que acham que estudante universitário só sabe fumar maconha e ficar em boteco. Somos muito mais que isso, e aceitar essa derrota é uma boa maneira de entendermos o processo eleitoral brasileiro. Se vocês não sabiam como era, agora estão sabendo. Quem sabe na de 2010 a gente não começa mais cedo a reclamar. Como disse Arnaldo Jabor, agora não adianta chorar pelo chopinho derramado...

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Adendo:
Acabo de saber que havia um cartaz escrito: "Contra o Cinismo, abaixo o Comunismo!"
Essa passeata estava mais para versão teen da Marcha da Família com Deus pela Liberdade...
(Quem não sabe o que foi esta marcha, vide google)

(Guilherme de Carvalho - 30/10/2008)

4 comentários:

Enzo Lemos disse...

O que certa parte da população não consegue entender é que, por mais que o candidato seja legalzinho, comprometido e com cara de quem so az o bem, ele não anda sozinho. No Brasil construiu-se a cultura da politica personalista, não que eu seja contra totalmente, pelo contrário, até acho muito válida a alternativa de lançar candidatos que consigam transmitir ao povo em geral determinadas esperanças e que façam politicas nesse sentido, mas ao que se deve ficar atento são as companhias em que esses candidatos andam. Já diria o ditado: "diga com quem andas e te direi quem eis". Na política, esse ditado adquire total sentido. Um candidato, por mais que pareça independente de linhas ideológicas e partidárias, não consegue governar sem os mesmos. A política se faz com partidos. Caso contrario, seriamos todos anarquistas, graças a Deus.

Anônimo disse...

Eu votei conscientemente nulo. Nenhum dos dois candidatos representavam aquilo que gostaria para o Rio. Enfim .. essa passeata é válida, porque realmente a campanha do Paes foi um escânda-lo e é bom manter um mínimo de espírito participativo no processo. Porém não serei eu é que vou engrossar o número pra essa pivetada de classe média que descobriu o Gabeira ontem e que agora o tem como o Messias salvador.

Aninha Barth disse...

Lembro sim de você, Guilherme. E concordo em gênero e grau com o que foi dito aqui! Acho que o pessoal da nossa idade deveria aprender a gostar de escrever mais, ao invés de preferir usufruir da internet apenas como um meio de "saber melhor da vida alheia". Sucesso com o blog! Beijos

Anônimo disse...

Humm,acho que até concordo com você. Mas, desculpa, sempre tem um "mas", por mais que a luta não tenha uma causa tão digna e racional, acho meio louvável que pelo menos uma parcela da nossa juventude ache possível mudar algo com passeatas,etc.Eu, particularmente, sou bem descrente quanto a isso. Veja a metade do copo cheia, Guilherme. Essas pessoas que hoje protestam contra uma suposta fraude impossivel amanha podem protestar contra a copa de dois mil sei-lá-quando.Lembre-se: a metade do copo cheia.